Capítulo 767
Carla suspirou, “Pois é, o tempo passa rápido, num piscar de olhos já somos adultos, nossa avó já
está de cabelos brancos”.
Jean disse, “Este ano quando voltei para casa no Natal, notei que meus pais também estão ficando
velhos. Eles só têm quarenta e poucos anos, ainda são jovens na minha memória. Não entendo, fiquei
apenas um ano sem vê-los, como envelheceram tanto?”
Carla disse, “Quando nos mudarmos, você poderá convidar seus pais para ficar um tempo. Se não
estiver muito ocupado com o trabalho, poderá voltar mais vezes para o Norte de Bella para ficar com
eles. A vida é curta, não devemos negligenciar a família”.
Jean olhou para Carla, que parecia abatida, “O que você está falando? Marco Antônio já encontrou
muitos médicos renomados, nossa avó ficará bem”.
Foi justamente por Marco Antônio ter encontrado tantos médicos que Carla ficou ainda mais
Follow on NovᴇlEnglish.nᴇtpreocupada. Se a doença da avó não fosse séria, Marco Antônio não precisaria procurar tantos
médicos.
Carla sabia disso, mas não disse nada, “Quando éramos crianças, sentíamos que o tempo passava
devagar, sempre queríamos que o tempo passasse mais rápido.”
Quando crescemos, percebemos que o tempo passa muito rápido e, por mais que nos esforcemos,
não conseguimos segurá-lo. Às vezes, penso em como seria bom se pudesse voltar alguns anos.
Assim não teria deixado de ir para casa por causa do olhar estranho das pessoas, e não teria passado
todos os anos da universidade sem voltar para o Norte de Bella para passar o Natal com a vovó.
Agora, todos os dias espero que o tempo passe mais devagar, até desejo que volte alguns anos para
que eu possa passar mais tempo com a vovó”.
Enquanto falava, duas lágrimas escorreram pelo rosto de Carla, que rapidamente levantou a cabeça
para engolir as lágrimas, “Esse ar-condicionado é muito forte, faz meus olhos lacrimejarem”.
Jean rapidamente lhe entregou um lenço, “Você não precisa ser forte na minha frente. Se quiser
chorar, chore, não se esforce para segurar”.
Carla não queria chorar, mas sentiu um nó na garganta e os olhos inchados, as lágrimas começaram a
escorrer involuntariamente, “Jean, na verdade, estou com muito medo, medo de não ter mais a chance
de ficar com a vovó, medo de que o quarto que preparei para/ela nunca seja usado…”
Jean disse, “Isso não vai acontecer, a vovó gosta muito de você, ela não vai te deixar”.
Carla, “Meu pai também gostava muito de mim, mas ele me deixou”.
Jean, “Carla, o passado é passado, você não deveria pensar nisso”.
Carla não queria trazer à tona as coisas desagradáveis do passado, “Jean, você sabe quanto eu odeio
aquele homem?
Ele que me perseguiu, foi ele que terminou comigo, eu nunca o incomodei, nunca lhe causei
problemas.
Agora só quero trabalhar e viver minha vida, mas ele continua me incomodando. Ele sabe que estou
casada, mas ainda assim foi procurar a avó Luisa…. Hoje, deixar o Bruno arrancar dois dentes dele e
Follow on Novᴇl-Onlinᴇ.cᴏmquebrar duas costelas ainda é pouco”.
Jean perguntou, “Você realmente arrancou dois dentes dele?”
Carla respondeu, “Tem algum problema?”
Jean deu-lhe um polegar para cima, “Não, clare-que não. Agora você tem Marco Antônio te apoiando,
mesmo que você arranque dois dentes dele, ele não tem como reclamar”.
Carla disse com raiva, “Você está certo, agora tenho alguém me apoiando, por que deveria me
segurar? Deveria aproveitar essa oportunidade…”
Antes que Carla pudesse terminar, Marco Antônio se aproximou e disse à Jean, “Sr. Carlos, quero
falar com Carla em particular”.
Ficou claro que ele queria que Jean se retirasse.
Jean, porém, fingiu não entender e disse, “Pode falar, eu também quero ouvir”.
Marco Antônio respondeu, “Eu só quero falar com a Carla”.
Jean perguntou, “Tem algo que tem que falado entre vocês que eu não posso ouvir?”
Marco Antônio respondeu, “Há muitas coisas que você não pode ouvir.”
Jean, “..